quinta-feira, 7 de maio de 2015

#42 - NOITE QUENTE, Maria Campos

Naquela noite quente nada estremecia
E nada se agitava na rede do luar,
Naquela noite cheia de folias, havia
Um invulgar aroma retido pelo ar.

Folhagem de arvoredo doce ali dormia,
Malha de fios dourados fazem tropeçar,
Folha verde na sombra não se distinguia
E a relva do jardim varal para amar.

Festa de bacanais, prazer e regozijo,
Ostentosa riqueza, orgia até nascente,
Perturbador anseio na foz de amor ardente

Correndo palpitante em vasto esconderijo
Para gozar no tempo a vida do amor,
Para viver a vida, sem pensar na dor.

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